sábado, 25 de junho de 2011

MST Regressa para seus lugares



Depois de 40 dias acampados em frente à Superintendência do Incra em Marabá, no Pará, cerca de cinco mil pessoas, ligadas ao MST, Fetagri e Fetraf, começaram a desocupar a área.

informou que pretende sair do prédio do INCRA ouve uma negociação, com autoridades de Brasília, a pauta de reivindicações do movimento, mas ficarão cerca de 150 lideres, para definir detalhes.
















A decisão foi tomada após uma reunião, em Brasília, na qual o Ministério do Desenvolvimento Agrário propôs o assentamento imediato de mil famílias, mais recursos para obras de estradas e infra-estrutura dos assentamentos e a criação de uma mesa permanente de negociação com os movimentos sociais da região,
















Assentamentos que serão criados ainda estão na dependência de desapropriações, da desocupação de terras públicas e da retomada de lotes que estão em poder de grileiros.

















Aqui um Camarada do Movimento que tem suas ideias e poesias, Charles Trocate.



Não foi o choro dos covardes, dos que se escondem atrás de armas e mandam matar camponeses indefesos.



Não foi o choro dos donos de grandes propriedades, que proíbem a vida nas suas terras cheias de cercas e de gado.


Não foi o choro dos que criminalizam os humildes, exatamente os humildes, aqueles a quem Jesus disse que herdariam a terra.


Não foi o choro dos que contratam almas vazias para arrancar orelhas de gente morta.



Não foi o choro dos que ordenam a fome nas mesas alheias.


Não foi.


Foi o choro dos que constroem “versos de barricada”.


Dos que, a despeito de saberem que estão prestes a morrer, suam gotas de sangue, mas não arredam o pé do caminho.


Foi o choro dos bons, dos que sabem ler o mundo e ainda assim remam contra a maré.


Não há vergonha nesse choro.


O poeta não chora só por si ou pelo futuro que o aguarda. Chora pelos pequeninos, pelas almas desamparadas, proibidas de existir num país onde tanto se fala em liberdade.


“O que é? O que é? Clara e salgada, cabe num olho e pesa uma tonelada?”