segunda-feira, 16 de abril de 2012


Veja a lista dos 19 Sem Terra que foram assassinados na hora em Eldorado dos Carajás


Da Página do MST


No dia 17 de abril de 1996, esses 19 Sem Terra (que morreram no local) foram barbaramente assassinados por uma operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará. O Massacre de Eldorado dos Carajás, que ficou conhecido internacionalmente, continua impune, sem que nenhuma pessoa fosse presa mesmo já tendo passado 16 anos.

O governador da época, o Sr. Almir Gabriel (PSDB-PA), determinou a repressão que contou com um contigente de 154 policiais da PM do Pará, comandados pelo Coronel Pantoja e o Major Oliveira. Consta dos autos do processo, segundo o advogado dos policiais, de que as despesas de traslado da tropa foi paga pela empresa Vale.

Em 2002, durante júri popular, os comandantes Cel. Pantoja e Major Oliveira foram condenados a mais de 200 anos de prisão. Recorrerram e aguardam até hoje em liberdade.

Abaixo, veja os nomes e as circunstâncias dos assassinatos:

1. ALTAMIRO RICARDO DA SILVA, 42 anos, casado, agricultor, filho de Juventino da Silva e Filomena Maria da Silva. O laudo cadavérico comprovou que sua execução ocorreu após ter caído ao solo em virtude dos disparos recebidos nas pernas.

2. ANTONIO COSTA DIAS, 27 anos, casado, filho de Conceição Alves de Souza (não consta o nome do pai). Morreu com dois tiros no peito.

3. RAIMUNDO LOPES PEREIRA, 20 anos, solteiro, (não consta a filiação). Morreu com três tiros, dois na cabeça e um no peito. Havia marcas de tentativa de defesa.

4. LEONARDO BATISTA DE ALMEIDA, 46 anos, casado, filho de Raimundo de Souza e Luiza Batista. Morreu devido a agressão no rosto de algum instrumento pérfuro-cortante (faca, punhal, etc).

5. GRACIANO OLIMPIO DE SOUZA (BADÉ), 46 anos, casado, (não consta a filiação). O laudo cadavérico descreve a morte como decorrente de tiro na cabeça. Foram encontradas ainda lesões típicas de defesa, caracterizando execução sumária.

6. JOSÉ RIBAMAR ALVES DE SOUZA, 22 anos, filho de Miguel Arcanjo de Souza e Luzia Alves de Souza. Descreve o laudo cadavérico que foi alvejado com dois projéteis de arma de fogo, um dos quais, à “queima-roupa”, pois o tiro se apresentava como sendo de perto, perfazendo uma trajetória de cima para baixo. O outro na região lateral direita do abdome.

7. OZIEL ALVES PEREIRA, 17 anos, solteiro, filho de Alderino Alves Pereira e Luiza Alves Pereira. Consta dos autos o depoimento de nove testemunhas que afirmam terem presenciado a detenção de Oziel. A vítima foi presa, algemada e espancada pelos policiais militares Pargas, Pinho e Vanderlan, na companhia de outros dois PMs. Conduziram-no arrastado pelos cabelos até um ônibus da empresa Transbrasiliana. A vítima foi algemada com as mãos para trás, impossibilitando qualquer meio de defesa. O laudo cadavérico descreve quatro tiros, três na cabeça e um no peito.

8. MANOEL GOMES DE SOUZA, 49 anos, casado, (não consta a filiação). A vítima recebeu, segundo laudo, três disparos de arma de fogo, todos na cabeça, caracterizando a vontade deliberada de execução.

9. LOURIVAL DA COSTA SANTANA, 26 anos, casado, filho de José Ferreira Santana e Francisca Xavier da Silva. Recebeu um disparo de arma de fogo no peito, perfurando o coração.

10. ANTONIO ALVES DA CRUZ, 59 anos, casado, filho de Cristina Alves de Souza (não consta o nome do pai). Segundo o laudo cadavérico, a vítima recebeu dois disparos de arma de fogo no peito.

11. ABÍLIO ALVES RABELO, 57 anos, casado, filho de João Rabelo e Rosália Rabelo. Morreu com seis tiros, em diversas regiões do corpo.

12. JOÃO CARNEIRO DA SILVA, fotógrafo, morava em Parauapebas (não constam outros dados). O laudo cadavérico descreve como causa da morte o esmagamento do crânio e também dos ossos do braço.

13. ANTONIO, CONHECIDO COMO “IRMÃO”, (não constam outros dados). Morreu com três tiros pelas costas, sendo um no pescoço.

14. JOSÉ ALVES DA SILVA, 65 anos, viúvo, filho de Carlito Alves da Silva e Januária da Silva. O laudo cadavérico informa que a causa da morte é hemorragia na região do toráx. O projétil fez um trajeto da esquerda para a direita, de diante para trás e de cima para baixo. Caso típico de execução sumária.

15. ROBSON VITOR SOBRINHO, 25 anos, casado, filho de Maria Antonia Vitor Sobrinho (pai não declarado). O laudo descreve que a vítima foi alvejada por quatro tiros, dentre eles, dois foram disparos à “queima-roupa” pelas costas. As “zonas de tatuagem” encontradas nas costas do vitimado atestam e confirmam a execução.

16. AMÂNCIO DOS SANTOS SILVA, 42 anos, solteiro, filho de João Rodrigues e Laurinda Rodrigues da Silva. O laudo cadavérico descreve como causa da morte hemorragia intracraniana.

17. VALDEMIR FERREIRA DA SILVA, conhecido como “Bem-Te-Vi”, (não constam outros dados);

18. JOAQUIM PEREIRA VERAS, 32 anos, solteiro, filho de Raimundo Souza Sobrinho e Adelaide Maria Conceição. O laudo cadavérico relata duas feridas características de orifícios de entrada de projéteis de arma de fogo.

19. JOÃO RODRIGUES ARAÚJO, (não consta a idade), casado, (não consta a filiação). Morreu de hemorragia, em consequência de ter recebido dois tiros nas regiões dos braços e várias apunhaladas de arma branca (punhal, faca, etc), nas regiões das pernas.



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Venezuela: "É impossível derrotar Hugo Chávez"

Em pronunciamiento feito nesta quarta-feira (22), o vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua, rejeitou os comentários feitos pela oposição sobre a saúde do chefe de Estado, Hugo Chávez.




Vice-presidente da Venezuela Elías Jaua


“Desde sua primeira operação que o presidente da República [Hugo Chávez] tem sofrido uma campanha destinada a confundir e gerar medo e temores no povo venezuelano sobre as possibilidades do presidente seguir governando”, afirmou em entrevista ao programa Contragolpe da Televisão Venezuelana.

Jaua esclareceu que a campanha empreendida pela oposição obedece a uma ordem do império norte-americano e objetiva desestabilizar a imagem e possibilidades de Chávez ser reeleito. “Estão se aproveitando desta situação, de sua enfermidade, para minar sua liderança. No entanto, mesmo com as estratégias da direita nacional contra o presidente e a revolução, diante desta situação, Chávez está fortalecido”, completa Jaua.

"Esses setores atualmente se vestem de democratas e progressistas e tentam esconder sua verdadeira face", disse ele.

O vice-presidente ainda destacou serem abusivas as especulações e lembrou que a Constituição Nacional estabelece que na ausência do presidente o vice assume o governo. "Como previsto na Carta Magma, desde 1961, na falta do presidente o vice assume, não será necessário designar um ministro como mandatário”, lembra.

O governo não vai ser paralisado porque o presidente se ausentará por uns días. O país continuará sob a direção estratégica do nosso presidente da República”. Ele reiterou que não há temas ocultos sobre a saúde do presidente. “Seguimos como sempre, falando a verdade ao povo venezuelano”, finaliza Elías Jaua.

Perspectiva de vitória

Elías Jaua também informou que, apesar da campanha empreendida pela mídia, fomentada pela direita nacional com o apoio das forças norte-americanas, será impossível derrotar Chávez nas eleições de outubro.

O presidente da Assembleia Nacional e primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabelo, disse, em declaração à imprensa, que continuará em todo o país a mobilização dos militantes dessa organização e dos membros do Grande polo Patriótico para conseguir a vitória nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

"Será uma vitória do povo, uma vitória do comandante, uma vitória da revolução, uma vitória do socialismo", afirmou Cabelo.

Apoio das massas e dos setores culturais

“Um canto pela vida em apoio a Chávez na Venezuela”. Com esse título foi emitido por diversas lideranças sociais, nesta quinta-feira (23), nota de solidariedade ao presidente Chávez.
Segundo a nota, haverá, nesta quinta-feira (23), em Caracas, no Teatro Teresa Carreño, ato em apoio ao presidente.

Liderado pelo Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), pelas formações políticas aliadas e pelos coletivos do Grande Polo Patriótico, a oportunidade se converterá em um momento de reafirmação da unidade da maioria dos venezuelanos em torno de seu principal líder.

O ato é apenas um dentre as várias manifestações que vêm sendo realizadas desde a terça-feira (21) quando Hugo Chávez anunciou que deverá se submeter a uma nova operação cirúrgica devido a uma lesão na pélvis.

Nesta quarta-feira (22), houve uma mobilização da Frente Indígena Bicentenário Grande Cacique Guaicaipuro, para manifestar seu apoio ao mandatário. "O presidente tem olhado para os povos indígenas, por isso estaremos apoiando-o sempre", disse um dos porta-vozes da Frente.

Joanne Mota com informações da Prensa Latina

Nossa independência..




A história prova que quando o povo começa a perceber a sua força, capacidade de mobilização, esse pequeno grupo, a elite, cria fato novo, alguma coisa que gere conflitos internos até as revoluções, onde norteia e lidera a mobilização revolucionária, permanecendo no poder com mão de ferro e autoritária... Isso é fato... Isso é história. Aos poucos carajaenses e tapajoaras começam a compreender a dinâmica da política. Hoje observa que todos estão numa luta dinâmica de que os políticos do contra terão que ser reconhecido como os nossos ante progressistas. Este é o espírito que nos deve mover! Em um só tempo reflete a compreensão que apenas através da política poderemos mudar o atual estado de coisas e que somos fortes o suficiente para eleger prefeitos, vereadores,deputados, senadores e até mesmo governadores.
Alerto apenas que devemos ir um pouquinho além. Sabem que é de causar indignação mas, mesmo dentre os políticos com domicílio eleitoral nas duas regiões, existem os covardes, os trânsfugas, os frouxos, os puxa-sacos, os omissos, os "sumidos da campanha", os "emburradinhos". Buscaram desculpas para fazer acordos nada republicanos. Infelizmente, quase todas as cidades de Carajás e Tapajós têm ao menos um exemplar desta triste espécie. E não se enganem: Logo estarão lépidos e faceiros, com a habitual cara-de-pau a pedir seu voto para prefeito, vereador e em 14, para deputado, senador e até governador ou vice, esses são ainda piores que os políticos de Belém! Traíram o desejo majoritário de todos os que sofrem com o abandono e o descaso a que foram relegados Carajás e Tapajós. Para esses, que colocaram a coragem no bolso, o ostracismo é o melhor pagamento por sua suprema covardia. Não merecem o voto de nenhum de nós (lembrem-se: FORMAMOS UM EXÉRCITO DE 1.200.000 ELEITORES E CRESCENDO...). Não merecem o nosso voto porque lhes faltam dois atributos básicos: CARÁTER E VERGONHA NA CARA!
Devemos Valorizar o Voto Regional.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

-Um relato sobre o Fórum Social Temático





No Fórum Social Temático de 2012, a Carta Maior levou seus estagiários para acompanhar as discussões e eventos. Eles puderam ver e apreender sobre temas importantes e atuais. No último dia do Fórum, André Cristi, Caio Mello e Felipe Blumen foram convidados para uma conversa com o jornalista Geraldo Canali para um balanço dos eventos que participaram.

Veja mais aqui..


http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19506

sábado, 28 de janeiro de 2012

Forum Regional Carajás do PC do B

Marabá, Itupiranga, Bom Jesus do Tocantins, Paraopebas, Brejo Grande, São domingos e São joão do Araguai, reunindo para descutir politica de composição, para 2012 pelo PC do B na Região Carajás.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A ditadura acabou. Falta avisar a polícia

Rezam os livros de história que, quando Dom João VI correu do Rio de Janeiro em 1821 de volta à Portugal, raspou os cofres e deixou um território gigantesco para ser administrado por seu filho, Dom Pedro. Este, sem muito talento para a coisa e de pires na mão, iniciou a história independente de um país que já nascia adiando suas necessidades e obrigações.
Polícia que bate é polícia subdesenvolvida.
Ou seja: nascia o Brasil que conhecemos.
A partir daí, quase tudo o que constitui uma civilização ocorreu no Brasil tardiamente, e daquele jeito bem mais ou menos. Ou então ainda não ocorreu. A primeira universidade brasileira surgiu no século XX, centenas de anos após nossos vizinhos terem as suas. Escola pública universal é uma conquista recente, e só ocorreu quando a qualidade dela já não era das melhores. Os surtos de dengue se repetem a cada verão. E o respeito aos direitos humanos ainda está longe dos hábitos enraizados da sociedade.
No último século, lampejos de uma democracia frágil e duas ditaduras, a de Getúlio Vargas e a dos milicos, acabaram por deturpar uma das instituições fundamentais para a evolução de uma sociedade: a polícia.
O brasileiro aprendeu a ter medo de quem veste farda. Nos anos de chumbo, porque a polícia tinha poderes arbitrários para prender quem quisesse. Tem cara de terrorista? Vai preso. Tem cara de bandido? Vai preso. Está sem o R.G.? Vai preso. Está fazendo nada? Vai preso por vadiagem. E assim foi por muitos anos. Se perguntassem a um policial nos anos 1970 sobre qual era a prioridade de seu trabalho, a resposta padrão seria “manter a ordem”, e não “proteger a sociedade”. O cassetete virou política.
Leia também:
Ativistas pedem criminalização do abuso em abordagem policial Matheus Pichonelli: A PM paulista sabe lidar com seres humanos? Piauí: MP e OAB vão mediar impasse entre estudantes e governo
Isso porque, na prática, a polícia defendia os governantes da própria população, porque uns queriam ser representados e outros se outorgaram o direito de representar. Estavam em lados opostos, algo que não faz sentido, em tese, em uma democracia – em que você pode cobrar quem elegeu como representante.
A polícia é um exemplo de que a transição da Ditadura Militar para a democracia parece ser mais um capítulo dessa história brasileira na qual as coisas acontecem mais ou menos, das políticas que mudam mas não muito, da evolução que se dá do jeito que der e não do jeito que deveria ser. Podem ter existido casos isolados, mas nunca houve uma real e abrangente ruptura das estratégias policiais da Ditadura com a maneira como as polícias estaduais atuam hoje.
Três fatos desta semana exemplificam esse fato: a ação da PM paulista na chamada Cracolândia, zona central de São Paulo tomada por viciados; a violência gratuita de um policial, também da PM paulista, contra um estudante da USP; a ação repressiva da polícia do Piauí contra estudantes que
protestavam contra o aumento da passagem de ônibus.
O que podemos fazer para acabar com o problema do crack no centro da maior cidade do País? Borrachada em viciado, impugindo-lhes propositalmente “dor” e “sofrimento”, relegando a segundo plano a ação de saúde pública e de assistência social. O que fazer com estudantes a protestar contra o aumento da passagem de ônibus? Borrachada neles, como se fossem revolucionários comunistas tentando tirar o milico de plantão no poder do País.
É importante frisar que ser um policial competente no Brasil é um sacrifício digno de odisséias bíblicas. O salário é baixo, sobretudo se comparado ao risco que ele corre todos os dias. Quase nunca ele tem ao seu dispor uma boa estrutura para exercer o ofiício. E ainda tem grandes chances de receber instruções deturpadas no que se refere aos direitos humanos.
As autoridades já deveriam há muito tempo ter criado uma política nacional para a ação policial, seja esta sob jurisdição estadual ou municipal. Polícia que bate sem contexto de legítima defesa é polícia subdesenvolvida. A incapacidade das corporações policiais em resolver os problemas sem o cassetete mostra um país a evoluir do jeito que dá e não do jeito que deveria ser. É o rescaldo da Ditadura, que nos lembra diariamente o quão longe ainda estamos de sermos uma civilização avançada, não importa o quão bem caminhe nossa economia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dilma se encontra com Lula em hotel em São Paulo

Presidente aproveitou viagem a SP, onde receberá prêmio, para visitar Lula
A presidente Dilma Rousseff se encontrou na tarde desta terça (6) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no hotel Transamérica, em São Paulo.
Dilma aproveitou a viagem a São Paulo para visitar o ex-presidente, que faz tratamento contra um câncer na laringe.
Ex-presidente faz tratamento contra um câncer na laringe


A presidente desembarcou no início da tarde na capital paulista. À noite, participa da cerimônia do prêmio Brasileiros do Ano, da revista "IstoÉ".