veja aqui o que a mídia golpista não divulga.. http://limpinhoecheiroso.com/tag/midia-golpista/
sexta-feira, 18 de abril de 2014
O que produz a direita..
Memória
Desde 1997 no Pará, o MST promove no mês de abril o acampamento em memória aos 21 Sem Terra mortos pelo Estado em conivência com a mineradora Vale, na tarde do dia 17 de abril de 1996.
No episódio, que ficou mundialmente conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás, 21 homens morreram alvejadas pela polícia ao interromper uma marcha que chegaria até a capital Belém, em protesto pela Reforma Agrária.

Tudo começou quando 1500 sem-terra, acampados naquela região, decidiram fazer uma marcha em protesto à demora em desapropriar terras. Eles teriam obstruído a Rodovia PA-10 e por isso a Polícia Militar foi chamada. A ordem para a ação teria sido dada pelo então Secretário de Segurança do Pará, declarando que poderiam “usar a força necessária”. De acordo com relatos na época, foram usados bombas de gás lacrimogênio enquanto que os manifestantes reagiram armados com foices e facões. A polícia reagiu atirando, primeiro para o alto, mas como os manifestantes não se intimidaram, a reação seguinte foi atirarem contra a multidão. Dezenove pessoas morreram no local, enquanto que outras ficaram gravemente feridas.
Camping digital do PT
Programação - 18 a 20 de abril
Nível de conhecimento
* - Iniciante / ** - Básico / *** - Intermediário / **** - Avançado / ***** - Expert
1º dia – 18 de abrilNúcleo de Redes Sociais
9h * Oficina: Criar e gerenciar seu perfil no Facebook e no Twitter (Curtir x Compartilhar) – Kátia Figueira, Clareana Cunha (Duração: 1 hora) TENDA A
Núcleo de Cultura e Arte
9h * Oficina de Literatura Marginal: A história da literatura marginal - da ditadura militar a ditadura da desigualdade, parte prática com construções literárias – Diego Miranda (Duração: 1 hora) TENDA B
Núcleo de Cultura e Arte
10h ** Oficina: Grafite, estêncil e ativismo no muro – Caio Rodolfo e Alan Guilherme (Duração: 2 horas) TENDA D
Núcleo de Tecnologia
10h Debate: Por que usar software livre? – Marcelo Marques e Sérgio Amadeu (Duração: 2 horas) TENDA INSTALL FEST
Núcleo de Legislação
10h Exposição: Lei de Acesso à Informação, o que é e como utilizar para o embate nas redes? – Lindalva Feitosa Oliveira e Thiago Teixeira (Duração: 1 hora) TENDA E
Núcleo de Conteúdo
10h * Oficina: Como usar um editor de imagens – Carlos Fernandes (Duração: 1 hora) TENDA F
10h Conferência: Extermínio da juventude pobre, negra e periférica – Severine Macedo, Alessandro Melchior, Rogério Cruz, Cida Abreu TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
Núcleo de Conteúdo
11h * Oficina: Como fazer seu blog acontecer – Vinício dos Santos e Renato Rovai (Duração: 1 hora) TENDA G
11h *** Oficina: como organizar um projeto de inclusão digital – Beá Tibiriçá (Duração: 1 hora) TENDA I
11h **** Oficina: Fotografia avançada. Composição e cobertura política – Ricardo Stuckert e Jorge Araújo (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Tecnologia
11h ** Como formar e articular redes – Tiago Pimentel e Rodrigues (Duração: 1 hora) TENDA J
Núcleo de Conteúdo
14h Debate: O que é o midialivrismo e suas ações – Renato Rovai e Altamiro Borges (Duração: 2 horas) TENDA A
Núcleo de Debates Políticos
14h Debate: Novos movimentos de juventude, manifestações globais e as novas utopias pós-capitalistas – Wagner Iglecias, Driade Aguiar (Duração: 1 hora) TENDA B
Núcleo de Debates Políticos
15h Debate: Lei de meios, o que muda? – Leandro Fortes e Jonas Valente (Duração: 2 horas) TENDA D
Núcleo de Tecnologia
15h Debate: Práticas recombinantes, software livre e cultura digital – Rodrigo Savazoni, Pablo Capilé e Carol Tokuyo (Duração: 1 hora) TENDA E
Núcleo de Redes Sociais
15h Debate: Inovação nas redes e páginas de esquerda – Pedro Felipe (Ruth Sherazade), Leila Farkas, Flavio Lomeu, Lucas Alkaid (Duração: 1 hora) TENDA F
Núcleo de Tecnologia
16h Debate: Criptopolítica, luta de classes e sociedade de controle – Sergio Amadeu, Henrique Parra, Francisco Leite (Duração: 1 hora) TENDA G
Núcleo de Debates Políticos
17h Debate: Mobilidade urbana e direito à cidade – Gerson Bittencourt, Manuel Del Rio, Gegê, Roberson Miguel Sérgio Telles (Duração: 1 hora) TENDA I
Núcleo de Debates Políticos
17h Debate: Porque democratizar? Uma análise sobre a democratização dos meios de comunicação – Altamiro Borges e Paulo Salvador (Duração: 2 horas) TENDA J
Núcleo de Legislação
17h Análise: O que é o marco civil da internet – Marcelo Branco, Alessandro Molon (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Debates Políticos
18h Debate: Direitos Humanos em tempos de Internet – Adriano Diogo, Paulo Teixeira, Tássia Rabelo (Duração: 2 horas) TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
20h – Reunião fechada com secretários de Comunicação dos estados
22h – Cine Clube
2º dia – 19 de abril
Núcleo de Conteúdo
9h * Oficina: Meme. Como fazer um viral? – Taís Krug (Duração: 1 hora) TENDA A
Núcleo de Tecnologia
9h *** Oficina: como dar prejuízo à NSA? Aprenda a usar criptografia e tenha uma comunicação segura – Rodolfo Avelino, Felipe Cabral e Sérgio Amadeu (Duração: 1 hora) TENDA B
9h * Oficina: Fotojornalismo - Fotografia para o ativismo (do celular à câmera semi-profissional) – Rodrigo Petterson e Alexandre de Paula (Duração: 2 hora) TENDA D
Núcleo de Conteúdo
10h * Oficina: O que é notícia e como ser um repórter de qualquer lugar – Leandro Fortes, Felipe Peçanha (Duração: 2 horas) TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
10h ** Oficina: Charge, como usar o humor e a ironia – Oades Farley (Duração: 1 hora) TENDA F
Núcleo de Cultura e Arte
10h * Oficina: O hip hop e a linguagem urbana – Carlos Eduardo Galvão (Duração: 1 hora) TENDA G
Núcleo de Tecnologia
10h *** Oficina: Uso de drones na luta democrática – Tulio Galvão e Sérgio Amadeu (Duração: 1 hora) TENDA I
Núcleo de Debates Políticos
10h Debate: Reforma política e a crise da democracia representativa – Paulo Vannuchi, Jefferson Lima e Luciana Mandelli (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Tecnologia
10h Debate: Por que usar software livre? – Marcelo Marques e Sérgio Amadeu (Duração: 2 horas) TENDA INSTALL FEST
Núcleo de Conteúdo
11h ** Oficina: Web rádio – Daniel Beltrão e Luiz Henrique Romagnoli (Duração: 2 horas) TENDA E
11h *** * Oficina: Cultura pop, linguagem de internet e militância política: a importância de conciliar esses mundos – Cleyton Boson, Tiago Albuquerque e Bruna Rosa (Duração: 1h30) TENDA J
Núcleo de Tecnologia
11h ***** Oficina: Como analisar e interpretar dados disponíveis na internet – Patricia Cornills (Duração: 1 hora) TENDA K
11h **** Oficina: Usando tails no pendrive para comunicação segura – Alex Nunes (Duração: 1 hora)
TENDA L
Núcleo de Cultura e Arte
Durante todo o período *Saraus de poesia coordenadas pelos coletivos da periferia - Carlos Galdino
Núcleo de Tecnologia
14h **** Encontro: Troca de chaves criptográficas OpenPGP – Roberto Araújo (Duração: 1 hora) TENDA A
Núcleo de Redes Sociais
14h * Exposição: Funcionalidades de um smartphone, o que são aplicativos e por que utilizá-los? – Emerson Luis (Duração: 1 hora) TENDA B
Núcleo de Cultura e Arte
14h Debate: A foto como documentação de movimentos sociais – Douglas Mansur (Duração: 1 hora) TENDA D
Núcleo de Debates Políticos
14h Conferência: Mulheres, movimentos sociais e machismo nas redes – Marta Domingues, Bianca Santana, Amélia Naomi, Patricia Rodrigues, Luana Hansen (DJ) e Leci Brandão (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Tecnologia
15h Debate: Internet sob ataque. Como defender a Internet livre e aberta – Sérgio Amadeu, Beá Tibiriçá (Duração: 1 hora) TENDA E
Núcleo de Legislação
15h Debate: O controle das fontes de criação, patentes, direito autoral e controle dos códigos – Fernando Anitelli, Silvio Spinella (Duração: 2 horas) TENDA F
15h Análise: O papel do poder público na inclusão e participação digital – José Carlos Vaz, Vinícius WU, João Cassino, Célio Chaves (Duração: 2 horas) TENDA G
Núcleo de Tecnologia
16h Exposição: Como as grandes corporações monitoram seus cliques – Rodolfo Avelino (Duração: 1 hora) TENDA J
Núcleo de Debates Políticos
17h Análise: Por que defender o Wikileaks e Snowden diante da política internacional do cinismo? – Sérgio Amadeu (Duração: 2 horas) TENDA I
Núcleo de Debates Políticos
18h Debate: Parâmetros da liberdade de expressão – Paulo Henrique Amorim e José Américo (Duração: 2 horas) TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
21h – Ato político
22h – Show Teatro Mágico
3º dia – 20 de abril
Núcleo de Redes Sociais
9h ** Workshop: Flash Mob, o que é e como fazer acontecer – Nelson Triunfo (Duração: 1 hora) TENDA A
9h ***Oficina: Como turbinar seu blog – Tatiane Pires e Japa (Duração: 1 hora) TENDA B
Núcleo de Conteúdo
10h ** Oficina: Web TV e produção de vídeos de combate – Valter Sanches (Duração: 2 horas) TENDA D
Núcleo de Tecnologia
10h Debate: Por que usar software livre? – Marcelo Marques e Sérgio Amadeu (Duração: 2 horas) TENDA INSTALL FEST
Núcleo de Conteúdo
10h ** Oficina: Como ser dono de um jornal digital, tendo como capital o seu trabalho – Leonardo Attuch (Duração: 1 hora) TENDA F
Núcleo de Debates Políticos
11h Debate: Campanhas #vaiterCopa e #nãovaiterCopa nas redes e o legado Copa do Mundo 2014 – Vicente Candido, Andres Sanchez, Orlando Silva Jr., Jânio de Carvalho (Duração: 1 hora) TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
Núcleo de Debates Políticos
11h Debate: A força do movimento LGBT no mundo digital – Irina Bacci, Paulo Mariante, Lula Ramires (Duração: 1 hora) TENDA E
Núcleo de Redes Sociais
11h * Oficina: Como engajar por meio do humor (Case: Dilma Bolada) – Jeferson Monteiro (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Cultura e Arte
14h Exposição: Arte de rua e as cidades que falam – Carlos Galdino (Duração: 1 hora) TENDA G
Núcleo de Debates Políticos
14h Debate: Como as elites e a mídia desconstroem a verdade dos fatos – Maria Inês Nassif, Fernando Morais (Duração: 2 horas) TENDA H
Núcleo de Conteúdo
15h Análise: Midialivrismo e Blogosfera – o papel da blogosfera diante da mídia – Eduardo Guimarães e Miguel do Rosário (Duração: 1 hora) TENDA B
Núcleo de Cultura e Arte
15h Debate: A estrutura de classe do Brasil pós-Lula – Marcio Pochmann, Gustavo Anitelli, Giovanni Alves, Gabriel Ribeiro (Duração: 2 horas) TENDA A
Núcleo de Legislação
16h Debate: Conselho estadual de Comunicação – Antonio Mentor e Renata Mielli (Duração: 1 hora)
TENDA D
Núcleo de Redes Sociais
17h Análise: Internet, informação e disputa política – Franklin Martins (Duração: 2 horas) TENDA C - AUDITÓRIO VERDE
21h – Show de Abertura: Nelson Triunfo
22h – Show Racionais MC’s
sábado, 23 de novembro de 2013
Os Anti socialistas
Terrorista
Uma história do pensamento terrorista norte-americano, que quer jogar contra outros países esse titulo..Sempre que tem um objetivo de roubar, ou saquear outra pais, sempre usa a mídia para distorcer seus pensamentos, se colocando como apoiadores, mas na verdade são verdadeiros saqueadores, usurpadores e terroristas, fez isso com vários países que sofreram com seus ataques militares..
Racista
Nos Estados Unidos, apenas um negro e um branco em cada dez têm companheiros de outra etnia, indica uma pesquisa Reuters/Ipsos sobre a segregação racial na sociedade americana. Entre os brancos, 40% não tem nenhum amigo não-branco. Entre todas as etnias, 30% não conhecem ninguém que não seja de seu próprio grupo. O estudo foi feito pela internet, entre 24 de julho e 6 de agosto com 4.170 americanos.
A foto falam por si só... Vejam a segunda bandeira Nazista,,
A guerrilha rural : o que foi , quem apoiava , quais os resultados obtidos
Vários
grupos desejavam fazer uma guerrilha rural , mas o único que realmente
conseguiu foi o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) . Conhecida como
guerrilha do Araguaia , foi um movimento guerrilheiro realizado na
região amazônica , ao longo do Rio Araguaia existente entre 1960 á 1970 .
O objetivo era criar uma revolução socialista , contra a ditadura
militar . O movimento pretendia derrubar o governo militar e instalar um governo comunista no Brasil . Era formado principalmente por ex-universitários , a maioria foi morta em combate ou presa e depois executada durante as operações finais, em 1973 e 1974 . Ainda hoje muitos deles são considerados desaparecidos políticos .
A guerrilha só foi descoberta vinte anos mais tarde .

STF: Aécio responderá por ter recebido recursos do...
O TERROR DO NORDESTE
Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, na tarde da quarta-feira (20),
mostraram-se bastante assustados com a informação chegada da
Procuradoria Geral da República, dando conta de que nova denúncia será
apresentada a Corte, contendo mais 10 autoridades com prerrogativa de
foro no processo conhecido como mensalão tucano. Aécio recebeu R$
110.000,00 do esquema criminoso, conforme consta nas pág. 14 e 15 do relatório da Polícia Federal.
Fontes da PGR informam que a denúncia correrá separada da Ação Penal a
que já responde o ex-governado e atual deputado federal Eduardo Azeredo.
Fato idêntico ao que vem ocorrendo em relação ao senador Clesio
Andrade.
Na nova denúncia, segundo a mesma fonte da PGR, constaria além de Aécio
Neves, mais nove deputados federais. Indagado por jornalistas, Aécio
Neves declarou na manhã desta quinta-feira (21) não temer o julgamento
do chamado mensalão tucano. Em entrevista à rádio CBN de Goiânia, o
pré-candidato do PSDB à Presidência da República afirmou que, "esta ação
já deveria ter sido julgada há tempos.
Os responsáveis têm que ser punidos. Nós do PSDB não temos que temer
absolutamente nada", disse Aécio à jornalista Fabiana Pulcineli,
rechaçando qualquer envolvimento com o caso. Políticos próximos de
Aécio, confirmam que a principal preocupação do senador é que a
apresentação desta nova denúncia está ocorrendo no momento em que os
condenados no chamado mensalão do PT estão presos, e diversas críticas
se voltam para o processo que envolve o PSDB em Minas Gerais.
Hoje, por exemplo, a “Folha de S. Paulo” cobrou o julgamento do caso
pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o jornal, "após o
desfecho do processo do mensalão petista, a Suprema Corte brasileira não
pode dar espaço à interpretação de que funciona em regimes distintos de
acordo com a coloração partidária dos acusados". Documento que
fundamenta a matéria: Relatório da Polícia Federal sobre o Mensalão
Tucano. Relatório da Polícia Federal sobre o Mensalão Tucano
As informações são do Novo Jornal
http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2013/11/stf-aecio-respondera-por-ter-recebido.html
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
As ameaças e a ABIN no Pará
Nesta noite
de 21 de Novembro, em torno das 21: 40 horas, fui seguido por um Fiat Palio
preto no bairro da Cremação, em Belém.
Desde 2010 temos
denunciado tais acontecimentos de pressões e intimidações, seja no Grupo de
Trabalho Araguaia do Governo Federal, no Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), na Polícia Federal, no Ministério Público Federal,
na Comissão Nacional da Verdade (CNV) e na Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, onde, aliás, fizemos para a própria Ministra Maria do
Rosário um extenso relato sobre tais eventos em 11 de Maio de 2011.
Eu e
Sezostrys Alves da Costa, principal dirigente da Associação dos Torturados na
Guerrilha do Araguaia (ATGA), estivemos acompanhados pelo Presidente Nacional
do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo e pelo ex-Deputado Constituinte
Aldo Arantes, também do Comitê Central do PC do B.

Quem
recolheu tais ossadas fora o policial militar do DF, Walter Dias de Jesus, que retornou
à Brasília depois de cumprida a tarefa de se passar por funcionário da
Secretaria de Cultura do Pará (Secult), usando o codinome ‘Léo’, segundo a
memória do então Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil
daqueles tempos, Moacir Martins.
As cópias
dos documentos internos produzidos sobre este fato – testemunhado pelo ex-chefe
da Abin Pará, Gladston Gonçalves Vilela de Andrade às fls 2.222 do processo n°
011.80000.565/2004 – vêm sendo pedidas ao GSI-PR e ABIN desde maio de 2011 por
meio do processo n° 011.80000.508/2011
(revisão do processo n°565/2004), mas, tragicamente o incêndio ocorrido
em 26 de Agosto de 2012 no prédio do Ministério da Fazenda, em Belém do Pará,
deve ter destruído todos os documentos e eventuais despojos guardados
ilegalmente nas instalações da ABIN Pará, que localizava-se no 13° andar do
referido edifício.
Um estranho
incêndio, iniciado às onze horas da noite de um domingo revelam que sempre
haveremos de ter pulgas atrás das orelhas, como ensina o ditado popular. Na
época, o Deputado Estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) fez a grita na Assembléia
Legislativa do Pará (ALEPA), mas já era tarde demais na medida em que a chefia
da operação de limpar quaisquer indicações de incêndio criminoso ficou a cargo
de Antônio Cláudio Farias, ex-agente do SNI e então chefe de inteligência da
Secretaria de Segurança Pública (SEGUP) no governo tucano de Simão Jatene.
Por
coincidência a Comissão Nacional da Verdade havia marcado audiência pública
para três dias depois, 29 de Agosto, com as presenças de Paulo Sérgio Pinheiro
e Claudio Fonteles, evento organizado pelo Comitê Paraense pela Verdade,
Memória e Justiça, Fundação Mauricio Grabois, OAB, Levante Popular da
Juventude, UNE e Universidade da Amazônia (UNAMA).
Um pouco mais
de um mês depois, em junho de 2011, um ex-mateiro recrutado pelas Forças
Armadas, Raimundo ‘Cacaúba’, fora assassinado na Serra Pelada depois de
colaborar com o Grupo Federal destacado para localizar os heróis do Araguaia.
Estranhamente, dias antes do assassinato soubemos que o Major Curió esteve
naquela região, que na década de 1980 se constituiu no maior garimpo a céu
aberto do mundo, em reunião com aqueles que até hoje lhes são fiéis.
Mais do que
nunca, depois de aprovada a Comissão da Verdade do Pará, é preciso que a
sociedade paraense saiba que na atual Casa das Onze Janelas – hoje espaço
sofisticado – funcionou a V Companhia de Guardas do Exército, local de torturas
e toda sorte de violações aos Direitos Humanos – inclusive assassinatos - dos
presos políticos na década de 1970.
Não é a
primeira vez que isso acontece no curso destes últimos três anos, já deixaram
até uma vela no quintal da casa de Sezostrys, em São Domingos do Araguaia,
local onde estava hospedado, em Setembro de 2011. Para quem conhece a cultura
da violência sabe o que isso representa no Sul do Pará.
Ocorre é que
nada têm sido feito para desmontar tal ação, clandestina e criminosa, que
ocorre por dentro do estado brasileiro e que são como verdadeiros núcleos
fossilizados de vigilância e intimidação pagos a soldo do dinheiro público,
sempre através de verbas sigilosas que só eles controlam: coisa dos tempos da
guerra-fria, ante-sala da corrupção.
Infelizmente
as autoridades brasileiras há muito sabem destas e de outras histórias bem mais
cabeludas e a ação institucional não passa de mera profissão de fé e nenhuma
medida concreta de enfrentamento é realizada, ao contrário, cada vez mais me
convenço que essa gente se assemelha às cláusulas pétreas, dispositivos que no
mundo do direito revelam irremovibilidade e permanência.
Não tenho
dúvidas de que a visão de inimigo interno ainda está bastante em voga na cabeça
de parcela significativa da arapongagem brasileira até porque muitos dos que
atuaram no antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) continuam na ativa: é
um engano achar que aqueles que promoveram desaparecimentos forçados estão de
pijamas, como velhos decrépitos dentro de suas confortáveis casas.
Muitos
membros da antiga comunidade de informações são bastante ativos e sempre
atuaram, na fronteira da ocupação humana na Amazônia ao lado do latifúndio e
das grandes mineradoras, principais beneficiários das riquezas geradas no Pará
nos últimos 40 anos. É por isso que metade do povo paraense vive abaixo da
linha da pobreza e a miséria campeia nos sertões e nas periferias destas nossas
cidades.
Os
inquéritos, como exemplo, que apuraram as mortes de meu pai, Paulo Fonteles,
advogado de posseiros no Araguaia e do Deputado João Batista – que em poucos
dias estará completando 25 anos de assassinado -, tiveram como figura central o
bandidesco James Sylvio de Vita Lopes, ligado à Operação Bandeirante (OBAN) nos
anos 70 e ao SNI nos anos 80. Dias antes de meu pai ser morto, Vita Lopes
jantou com ex-Senador Romeu Tuma, então Delegado-mor da Polícia Federal, no
Hilton Hotel, centro de Belém.
Será acaso?
Creio que não.
Aqui, em
terras nortistas, a covardia do poder econômico das grandes empresas, nacionais
e estrangeiras, sempre contou com o apoio intelectual e logístico das forças de
segurança do estado através de figuras que, ao formarem milícias da jagunços,
foram se tornando campeões da violência, sempre com a anuência do judiciário em
suas togas da mais vil impunidade. Os recentes casos do ‘Dezinho’ e dos
ambientalistas de Nova Ipixuna comprovam tal afirmação.
Não é à toa
que o Pará continua ostentando, por muitos anos seguidos, os pérfidos títulos
brasileiros do trabalho-escravo e da pistolagem. Há cinco anos São Félix do
Xingú é o município que mais desmata no país, tendo consumido – quase sempre
para a exportação, que configura hediondo crime contra a soberania e as
riquezas nacionais - mais de um milhão e meio de quilômetros quadrados de
floresta no mesmo período, segundo dados do próprio Ministério do Meio
Ambiente.
Na
atualidade a alça de mira dessa gente, paga com o dinheiro de todos nós, também
está direcionada, no Pará, aos movimentos sociais, em particular o MST e aos
indígenas, alvos permanentes de vigilâncias e preocupações, como se a luta
social camponesa e de nossos primeiros habitantes, historicamente avançadas,
fossem uma ameaça à democracia.
Verdadeira ameaça é a presença de Daniel
Dantas e de seus milhares de hectares de terras na Amazônia, contraídas durante
o entreguismo – este sim, o maior caso de corrupção em todos os tempos no
Brasil – dos dois governos de FHC, o príncipe das privatizações.
Ao invés do
Zé Dirceu e do Genoíno, quem deveria estar preso mesmo era os emplumados
tucanos e os felpudos direitopatas da grande mídia brasileira.
No curso de
mais de quarenta anos de vida, tendo nascido nas prisões políticas, depois de
ver meu pai assassinado – figura brilhante e inconteste lutador do povo – ,
assim como diversos outros queridos amigos como o ‘Gringo’, João Canuto, João
Batista e Expedito Ribeiro de Souza, aprendi que não podemos vacilar ou dobrar
o espinhaço aos violentos.
A arma que
dispomos é a voz e a confiança na consciência social avançada, capaz de
transformar as velhas estruturas sempre no sentido de mudanças profundas, de
dimensão democrática.
Mais do que
nunca é preciso superar a covardia política e enfrentar aqueles que, por dentro
do estado brasileiro, atuam tal qual meliantes sempre no sentido de fazer a
valer o esquecimento e as brutalidades cometidas durante o período
civil-militar, hiato mais tenebroso da vida nacional no período republicano.
Se algo me
ocorrer – ou à minha família e companheiros - a responsabilidade deve imputada
aos antigos agentes da repressão política, cortadores de cabeças no Araguaia,
Magno José Borges e Armando Souza Dias, dirigentes obscuros da ABIN no Pará.
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